Entrevista com Tecidista: Adriana Teles

Tecidistas!

Nesse mês de Novembro estou trazendo à vida um projeto antigo, que é o quadro “Entrevista com Tecidista”!

Cada mês, trarei um novo Tecidista falando da sua própria experiência com a prática, suas dificuldades e desafios, com o intuito maior de inspirar outras pessoas que praticam essa arte!

A seguir, nossa Tecidista estreante, minha aluna presencial e querida amiga Adriana Teles!


Entrevista com Tecidista

Seu nome? Adriana Teles.

Idade? 52 anos.

Sua cidade: São José do Rio Preto – SP

Aonde treina: Voar Sem Asas (academia Altitude Escalada)

1 – Com quantos anos você começou a praticar aéreos e o que te levou a buscar essa modalidade?

Comecei a praticar tecido acrobático aos 45 anos (quase 46!), em março de 2018. Sempre fui uma pessoa muito voltada às artes e me encantei com uma modalidade tão estética quanto a vi sendo praticada pela personagem da Nathalia Dill na novela “Avenida Brasil”.

2 – O que a prática dos aéreos significa para você?

A prática dos aéreos é, para mim, primeiramente um desafio. Comecei a praticar a modalidade em uma idade que que muitas pessoas começam a se questionar sobre os limites do próprio corpo. Com o tempo, a prática me mostrou que eu posso, sim, superar os limites que achava intransponíveis. Com essa certeza, a atividade agregou outros significados para mim. É inquestionável a sensação de liberdade que experimento junto ao tecido. O ganho de força e flexibilidade física. A expressão artística.

3 – Como foi sua primeira apresentação? Tinha algum tema?

 Sempre fui relutante em me apresentar. A timidez, aliada à questão da idade, era relevante para a minha resistência. Até que, estimulada pela professora e pelos colegas, resolvi enfrentar mais esse desafio. E foi algo marcante. O evento, cujo nome era “Astros” e retomava grandes nomes e sucessos da música, foi no Teatro Municipal da cidade. Foi uma experiência excelente. Já me preparo para a minha 3ª. apresentação!

4 – Você ficou nervosa antes de entrar no palco? O que você sentiu quando a apresentação acabou?

É claro que fiquei nervosa! Mas muito concentrada e “dentro” de minha personagem. Senti uma enorme alegria ao final. Especialmente quando as cortinas se fecharam e todos nós comemoramos e nos abraçamos.

5 – Qual foi seu maior desafio no início da prática?

O meu maior desafio era subir no tecido. Demorei mais de um ano para conseguir, quando sei que muitos conseguem já na primeira ou segunda semana. Não desisti. Eu fazia coreografias pequenas no nó ou na gota e vida que segue!

6 – Qual sua maior dificuldade no aéreo hoje? E o que você tem mais facilidade?

Sou bastante flexível. Esse é um ponto que conta a meu favor. Mas sempre careci de força física. Tenho trabalhado isso na academia e venho progressivamente melhorando. O mais difícil para mim é a inversão. Tenho facilidade, por outro lado, na lira acrobática.

7 – Que conselho você daria para alguém que quer começar a praticar ou para quem está nas primeiras aulas?

Comece. Pratique. Vá a aula. Insista. Como tudo, na vida, a prática do aéreo implica em técnica, insistência e dedicação.

8 – Algo mais que gostaria de acrescentar?

Amo o aéreo. É algo que faz parte da minha necessidade de expressão artística, um desafio constante e a certeza de que é possível ultrapassar limites.


Se quiser acompanhar os voos da Adriana, siga sua página no Instagram @aerial.writer

Uma resposta

  1. Que linda!

    Lembrei de quando iniciei, mesma idade, 45 para 46 anos.
    São desafios, conquistas e aprendizados valiosas. Amo muito tudo isso.

    Parabéns Adriana. Continue assim, inspirando outras pessoas e lógico, sendo feliz e se superando sempre.

    Costumo dizer “a idade chega para todos, mas a forma de viver cabe a cada um de nós.”

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