
Qual seu nome? Bianca Reis Cardoso
E sua idade? 35 anos
Em qual cidade/estado você mora?
Viçosa-MG
Aonde você treina/dá aulas? Treino em casa e dou aulas na Academia Parkour Viçosa.
Também organizo alguns eventos com o tecido ao ar livre em finais de semana.
1 -Bianca, com quantos anos você começou a praticar o Tecido e o que te levou a buscar essa modalidade?
Comecei a praticar tecido acrobático aos 28 anos. Vi a divulgação das aulas, conversei com a Professora Letícia Victorelli e fiquei encantada com o tecido. Eu fazia Krav Maga na época, o que me ajudava no condicionamento corporal e já tinha experimentado outras atividades, como o Parkour e a Escalada. A rotina impôs a necessidade de escolher em qual prática seguir. Logo, o tecido se tornou a minha atividade preferida, principalmente pela possibilidade de trabalhar emoções e pela expressividade artística.
2 – Qual foi seu maior desafio no início?
O meu maior desafio no tecido foi romper as limitações do meu próprio corpo. Ao longo da vida quase não desenvolvi mobilidade, flexibilidade ou consciência corporal. O projeto, onde comecei a aprender, se chamava “Dança Aérea” e foi idealizado com muito carinho e cuidado pela Professora Letícia, da área de Dança. As aulas eram bem planejadas, com ótimas dinâmicas para integrar o grupo e nos incentivar a dançar em cada movimento.
3 – Bi, como foi a transição de apenas praticar para ensinar, dando aulas?
Esta transição aconteceu de forma natural, impulsionada pela necessidade de continuar com o movimento no tecido. Percebi o quanto esta prática me faz bem e quis compartilhar com outras pessoas. A princípio, eu estava buscando um espaço para treinar, no contexto pós-pandêmico. Não havia mais aulas presenciais em Viçosa. Sentia falta da energia do grupo e de um local adequado para o tecido acrobático. Fiz muitas aulas online, buscando aperfeiçoamento. Minha amiga Elen, também tecidista, queria continuar praticando e me incentivou a dar aulas. Então, comecei a buscar mais conhecimento e capacitação para oferecer aulas bem estruturadas e promover o desenvolvimento dos alunos. Então, idealizei o grupo “Corpos Alados” e começamos a nos movimentar e a procurar formas de continuar nossos voos. Fazer parte da Comunidade “Voar sem Asas” e contar com as aulas e o apoio da Prof.ª Mari foi ótimo para ganhar confiança e seguir com este sonho. O novo desafio que surgiu foi em relação ao espaço adequado para as aulas. Mas, no início de 2023, conseguimos a parceria com o Danilo Brustolini da “Academia Parkour Viçosa”, que nos possibilitou utilizar o espaço para realizar as aulas, treinos e oficinas de tecido acrobático.

4 – O que você mais gosta no fato de ser professora de Tecido?
A melhor parte de ser professora de tecido é dar suporte e acompanhar as conquistas de cada aluno. Acredito, que o mais importante é oferecer um ambiente seguro e confortável, para que todos se sintam acolhidos e respeitados em sua individualidade.
5 – Compartilhe algo que é essencial em aula pra você!
Presença. Não só no sentido da assiduidade, que é interessante para que os alunos possam consolidar o condicionamento corporal, mas também no sentido de que o grupo esteja envolvido nas atividades propostas, para que possamos nos apoiar mutuamente. Minha intenção é oferecer aulas divertidas e proveitosas.
6 – E o que a prática de aéreos significa hoje pra você?
A prática de aéreos se tornou algo essencial na minha vida, me fortalecendo em momentos de adversidades. Encontro no tecido um refúgio, um lugar de paz. A sensação de liberdade e confiança me ajudam a trabalhar as emoções e a me sentir viva.
7 – Que conselho você daria para alguém que quer começar a praticar ou que está nas suas primeiras aulas?
A minha sugestão para quem quer começar a praticar é experimentar e se permitir falhar sem culpa. Afinal, iniciar uma atividade nova é sempre um desafio e os progressos acontecem aos poucos. É importante tentar se divertir e respeitar o seu tempo. Os altos e baixos fazem parte do processo de aprendizagem. Quando conseguimos seguir de forma leve e gentil, lidamos melhor com as frustrações e reconhecemos o valor das conquistas simples, que nos levam a voar cada vez mais alto.

8 – Algo mais que gostaria de acrescentar?
Gostaria de enfatizar o quanto sou grata a todas as pessoas que me apoiam ou que já contribuíram de alguma forma, para que eu continuasse com os estudos e a prática dos aéreos. Fico muito feliz por cada aluno, professor, amigo e familiar, que me incentiva a manter o projeto Corpos Alados e a persistir me dedicando a esta arte apaixonante.
Agradeço especialmente à Prof.ª Mari pelo convite para esta entrevista.
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