Minhas primeiras aulas

Eu lembro com carinho e humor dos meus primeiros dias de aéreo, por mais que não tenham sido fáceis ou divertidos naquela época.

Eu não escolhi começar. Foi por necessidade.

Se você me conhece há um tempo, sabe que fui bailarina e dancei com algumas companhias contemporâneas aqui da minha região.

Pois bem. Eu dançava. No chão.

E numa dessas companhias fui incentivada a aprender algo novo. Aprendi muitas coisas lá, inclusive a andar de patins, e sou muito grata por esse período que vivi.

Lá fui eu fazer aula tendo como companheiros uma menina hiper flexível, tipo as russas de 9 anos, sabe? E um garoto que já tinha a força por genética.

Eu: flexibilidade duvidosa (apesar de dançar, nunca foi meu forte). Alta demais (além de ser um problema na dança, aparentemente também era um problema no aéreo). E não sei mais o que.

Antes que você me pergunte: não, eu não acredito nessas coisas hoje. Mas foram algumas palavras que ouvi e me marcaram.

Não vou mentir pra você. Eu chorei.

Eu queria desistir.

Mas desistir daquilo seria desistir de outras coisas, o que não era opção no momento.

Corta pra 2024. Quase 14 anos depois.

Penso, estudo e ensino Tecido quase todos os dias.

Fato é que eu poderia ter escolhido ouvir e internalizar aquelas palavras.

Um salve pra minha mãezinha la no céu que foi minha maior incentivadora na época.

Eu continuei. No começo aos trancos e barrancos, mas fui.

Meu colegas daquele início hoje não fazem mais aéreo (mas são experts em suas áreas e ainda arrasariam em uma aula haha).

Eles tinham mais “potencial” do que eu, lembra?

Não sei quem aí precisa ler isso, seja você iniciante ou se já está na estrada há um tempo, mas duvidando de si.

Continua.

Esse texto é sobre começos e ter um olhar generoso pra sua própria jornada ❤️

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